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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

TEOLOGIA DOGMÁTICA

FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA
E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL



FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA
E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL



Matéria: Teologia Dogmática

Professor: Ely Robert Wanzeler Raniery

Acadêmicos: Eraldo Costa
Isaac Sánchez
Jonas Bispo
José Ribamar
Leonardo Sánchez
Melkzedek Sanches

FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA
E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL


Doutrinas Básicas das
Assembléias de Deus




[...]
α – A Bem-aventurada Esperança
β – O Reino Milenial de Cristo
γ – O Juízo Final
δ – Novos Céus e Nova Terra


TUCURUÍ/PA – BRASIL
DEZEMBRO – 2004



Sumário



Introdução. 5
α – A Bem-aventurada Esperança 6
Importância desta doutrina: 6
A Base Essencial da Posição de Arrebatamento Pré-Tribulacionista. 6
β – O Reino Milenial de Cristo. 8
Importância desta doutrina: 8
Condições Existentes no Milênio. 9
γ – O Juízo Final 12
Importância desta doutrina: 12
δ – Novos Céus e Nova Terra 13
Importância desta doutrina: 13
Conclusão. 15
Bibliografia






Introdução



Os ensinos básicos bíblicos constituem os fundamentos doutrinários das Assembléias de Deus e formam a base comum para a comunhão e unidade entre os seus membros, exatamente como a Bíblia recomenda, que concordemos uns com os outros para tanto quanto possível evitar divisões por causa de desacordos sobre o que cremos (1 Coríntios 1.10 e Atos 2.42). Não se reivindica que o texto deste trabalho seja divinamente inspirado tal como é o da Bíblia, mas as verdades nele contidas podem servir na edificação e crescimento espiritual de todos nós e como pé para aprofundamentos doutrinários mais sólidos com respeito às doutrinas bíblicas das Assembléias de Deus – Missão.
Os pontos aqui tratados fazem parte de um estudo amplo, mas estes visam esclarecer algumas dúvidas com respeito às doutrinas bíblicas.
α – A Bem-aventurada Esperança
Todos os crentes que morreram salvos serão levantados de seus túmulos e se encontrarão com o Senhor nos ares. Os crentes vivos serão arrebatados, para estar com o senhor. Então, crentes do passado, presente e futuro viverão com Deus para sempre. A verdade bíblica de breve retorno do Senhor é a “bem-aventurada esperança” do crente. (Romanos 8.23; 1 Coríntios 15.51,52; 1 Tessalonicenses 4.16,17; Tito 2.13).

Importância desta doutrina:
Esta doutrina é muito importante porque ela providencia uma motivação básica para o testemunho e para viver uma vida santa. Para o crente, o retorno de cristo, seu Redentor, é uma esperança abençoada realmente. O arrebatamento dos crentes, também chamado de Rapto, vai pôr fim ao sofrimento, dor, injustiça e dificuldade. Nós, os crentes, estaremos com o Senhor para sempre. Embora o corpo não fique vivo entre a morte e a ressurreição, a alma não dorme as fica conscientemente viva na presença do Senhor (2 Coríntios 5.8).
Para o pecador, contudo, o Rapto não é uma esperança abençoada. Ele estará metido num indescritível sofrimento quando Deus julgar o mundo rebelde e desobediente. Deus deseja que toda a humanidade se arrependa dos seus pecados e seja restaurada para a comunhão com ele. Deus põe este peso de responsabilidade pelos perdidos e da anunciada punição eterna deles nos corações daqueles que já conhecem seu amor e Salvação. É por esta razão que a missão básica da Igreja é evangelizar o mundo, buscando salvar tantos quanto possível do julgamento que virá.
A presente era, em relação à verdadeira igreja, termina com a translação da igreja à presença do Senhor. A doutrina da translação da igreja é uma das considerações mais importantes da escatologia do Novo Testamento (Jo 14.1-3; 2Ts 4.13-18; 1Co 1.8; 15.51,52; Fp 3.20,21; 2Co 5.1-9).

A Base Essencial da Posição de Arrebatamento Pré-Tribulacionista
A Igreja, o corpo de Cristo, em seu todo, será, por ressurreição e por transferência, retirada da terra antes de começar qualquer parte da septuagésima de Daniel.
O arrebatamento pré-tribulacionista descansa essencialmente na premissa maior –o método literal de interpretação das Escrituras. A Igreja e Israel são dois grupos distintos para os quais Deus tem um plano divino. A Igreja é um mistério não-revelado no Antigo Testamento. Essa era de mistério presente insere-se no plano de Deus para com Israel por causa da rejeição ao Messias na Sua primeira vinda. Esse plano de mistério deve ser completado antes que Deus possa retomar seu plano com Israel e completá-lo. Tais considerações surgem do método literal de interpretação.
Devemos observar cuidadosamente certas distinções entre a Igreja e Israel claramente demonstradas nas Escrituras, mas muitas vezes negligenciadas. 1) Existe uma distinção entre a igreja professante e o Israel nacional. Devemos notar que a igreja professante é composta por aqueles que fazem profissão de fé em Cristo. Para alguns, essa profissão baseia-se na realidade, mas para outros não há nenhuma realidade. Este último grupo entrará no período tribulacional, pois Apocalipse 2.22 indica claramente eu a igreja professante não salva experimentará a ira como castigo. A participação no grupo denominado Israel nacional baseia-se em nascimento físico, e todos os que pertencem a esse grupo e não forem salvos e removidos pelo arrebatamento, se estiverem vivos no momento do arrebatamento serão, com a igreja professante, sujeitos à ira da tribulação. 2) Existe uma distinção entre a igreja verdadeira e a igreja professante. A igreja verdadeira é composta por todos os que, nesta era, receberam a Cristo como Salvador. Ao contrário disso, temos a igreja professante, composta por aqueles que fazem profissão de aceitar a Cristo sem realmente recebê-lo. Apenas a verdadeira igreja será arrebatada. 3) Existe uma distinção entre a igreja verdadeira e o Israel verdadeiro o espiritual. Antes do Pentecostes, existiam indivíduos salvos, mas não existia igreja, e eles faziam parte do Israel espiritual, não da igreja. Depois do Pentecostes e até o arrebatamento encontramos a igreja, que é o corpo de Cristo, mas não encontramos o Israel espiritual. Depois do arrebatamento não encontramos a igreja, mas novamente um Israel verdadeiro ou espiritual. Essas distinções devem ser claramente consideradas.
O arrebatamento não retirará todos os que professam fé em Cristo, mas apenas os que tenham nascido de novo e recebido a Sua vida. A porção descrente da igreja visível, junto com os descrentes da nação de Israel, entrará no período tribulacional.
Já que a igreja é o corpo, do qual Cristo é o cabeça (Ef 1.22; 5.23; Cl 1.18), a noiva de Cristo (1Co 11.2; Ef 5.23), o objeto de Seu amor (Ef 5.25), os ramos dos quais Ele é a videira e a raiz (Jô 15.5), o edifício do qual Ele é a base e pedra angular (1Co 3.9; Ef 2.19-22), existe entre o crente e o Senhor uma união e uma unidade. O crente não está mais separado dEle, mas é trazido para perto dEle. Se a igreja estiver na septuagésima semana, estará sujeita à ira,a o julgamento e à indignação que caracterizam o período e, por causa de sua união com Cristo, Ele, da mesma maneira, estaria sujeito ao mesmo castigo. Isso é impossível de acordo com 1João 4.17, pois Ele não pode ser julgado novamente. Visto que a igreja foi aperfeiçoada e liberta de tal julgamento (Rm 8.1; Jo 5.24; 1Jo 4.17), se ela fosse novamente sujeita a julgamento, as promessas de Deus não teriam efeito e a morte de Cristo seria ineficaz. Quem ousaria afirmar que a morte de Cristo falhou no cumprimento de seu propósito? Embora os membros possam ser experimentalmente imperfeitos e necessitar de limpeza experimental, a igreja, que é o Corpo, tem uma posição perfeita em Cristo e não precisa dessa limpeza. A natureza das provações da septuagésima semana,conforme declaradas em Apocalipse 3.10, não é promover limpeza individual, mas revelar a degradação e a necessidade do coração degenerado. A natureza da igreja torna desnecessária tal provação.
Uma vez mais, Apocalipse 13.7 esclarece que todos os que estiverem na septuagésima semana serão submetidos à besta e por meio dela a Satanás, que dá à besta o seu poder. Se a igreja estivesse nesse período, ela se sujeitaria a Satanás, e Cristo perderia Seu lugar como cabeça, ou Ele mesmo, por causa de Sua união com a igreja, estaria igualmente sujeito à autoridade de Satanás. Tal coisa é impensável. Dessa maneira, conclui-se que a natureza da igreja e a inteireza da sua salvação impedem que ela esteja na septuagésima semana.
Intimamente ligado à consideração anterior está o conceito neotestamentário de que a igreja é um mistério. Não era mistério que Deus proveria salvação para os judeus, nem que os gentios seriam abençoados com a salvação. O fato de que Deus formaria de judeus e gentios um só corpo nunca foi revelado no Antigo Testamento e constitui o mistério citado por Paulo em Efésios 3.1-7, Romanos 16.25-27 e Colossenses 1.26-29. Todo esse novo plano não foi revelado até a rejeição de Cristo por Israel. É depois da rejeição da cruz que a igreja tem seu início, em Atos 2. É depois da rejeição final de Israel que Deus chama Paulo para ser apóstolo aos gentios, e por meio dele o mistério da natureza da igreja é revelado. A Igreja é, manifestamente, uma interrupção do plano de Deus para Israel, que não foi iniciada até que Israel rejeitasse a oferta do reino. Segue-se, logicamente, que esse plano de mistério deve ser concluído antes que Deus possa retomar Seu trato com a nação de Israel, como foi demonstrado previamente que Ele fará. O plano do mistério, tão distinto no seu início, certamente será separado na sua conclusão. Esse plano deve ser concluído antes que Deus retome e complete Seu plano para Israel. Esse conceito da igreja como mistério torna inevitável o arrebatamento pré-tribulacionista.


β – O Reino Milenial de Cristo
A segunda vinda de Cristo inclui o arrebatamento de todos os crentes, que é a nossa bem-aventurada esperança, seguida pelo retorno visível de Cristo como os seus santos para reinar na Terra por 1.000 anos (Zacarias 14.5; Mateus 24.27,30; Apocalipse 1.7; 19.11-14, 20.1-6).
Este reino milenial trará a Salvação para Israel como nação (Ezequiel 37.21-22; Sofonias 3.19,20; Romanos 11.26,27) e o estabelecimento da paz universal (Salmo 72.3-8; Isaías 11.6-9; Miquéias 4.3,4).

Importância desta doutrina:
Algumas vezes parece que Satanás tem o mundo tão escravizado em sua posse que parece não haver condições nem chance de melhorá-lo. Mas Deus não está morto, como alguns céticos afirmam. Ele afirmou que as condições mundiais se tornariam crescentemente piores antes que Ele voltasse para os seus e desse início a seqüência de eventos do fim dos tempos. Sabendo disso, não perdemos nossa esperança em meio ao aumento dos pecados, crimes e desastres naturais. A Palavra de Deus profetiza o que estamos vendo, e também nos diz que no fim o Senhor é o Vitorioso. O Milênio vai demonstrar que o reino e o governo de Deus são perfeitos. Ele substituirá todos os sistemas falhos do governo humano.
A profecia bíblica indica que Israel como nação tem um lugar permanente no plano de Deus no fim dos tempos. Cremos que em algum tempo no futuro os corações dos judeus se voltarão em grande número para o Messias, que morreu por eles e por toda a humanidade.
Este período milenar verá o cumprimento completo de todas as alianças que Deus fez com Israel. É suficiente mostrar que o reino terreno é visto como o cumprimento completo dessas alianças, e a era milenar será instituída com base na necessidade de cumprir as alianças.
A. A aliança abraâmica. As promessas da aliança abraâmica a respeito da terra e da descendência são cumpridas na era milenar (Is 10.21,22; 19.25; 43.1; 65.8,9; Jr 30.22; 32.38; Ez 34.24,30,31; Mq 7.19.20; Zc 13.9; Ml 3.16-18). A perpetuidade de Israel, sua posse da terra e sua herança das bênçãos estão diretamente relacionadas ao cumprimento desta aliança.
B. A aliança davídica. As Promessas da aliança davídica a respeito do rei, do trono e da casa real são cumpridas pelo Messias na era milenar (Is 11.1,2; 55.3,11; jr 23.5-8; 33.20-26; Ez 34.23-25; 37.23,24; Os 3.5; Mq 4.7,8). O fato de Israel possuir um reino, governado pelo Filho de Davi, baseia-se nessa aliança davídica.
C. A aliança palestina. As promessas da aliança palestina a respeito da ocupação da terra são cumpridas por Israel na era milenar (Is 11.11,12; 65.9; Ez 16.60-63; 36.28,29; 39.28; Os 1.10-2-2.1; Mq 2.12; Zc 10.6). Essas referências à ocupação da terra prometem o cumprimento da aliança palestina.
D. A nova aliança. As promessas da nova aliança no tocante a um novo coração, ao perdão dos pecados e à plenitude do Espírito Santo são cumpridas para com a nação convertida na era milenar (Jr 31.31-34; 32.35-39; Ez 11.18-20; 16.60-63; 37.26; Rm 11.26-29). Todas as bênçãos espirituais que Israel recebe são cumprimento dessa aliança.
Observa-se, assim, que a era milenar traz consigo pleno cumprimento de todas as promessas de Deus para com a nação de Israel.
Condições Existentes no Milênio
Grande parte das Escrituras dedica-se à declaração das bênçãos e da glória derramadas na terra pela beneficência do Senhor Jesus Cristo durante o reino. Um esboço das condições na terra demonstrará a “grandeza do reino” (Dn 7.27).
A. Paz. O Término da guerra pela unificação dos reinos do mundo sob o reinado de Cristo, juntamente com a prosperidade econômica resultante, visto que as nações não precisam dedicar grandes proporções de dinheiro a armamentos, é um dos temas principais dos profetas. A paz nacional e individual é fruto do reino do Messias (Is 2.4; 9.4-7; 11.6-9; 32.17,18; 33.5,6; 54.13; 55.12; 60.18; 65.25; 66.12; Ez 28.26; 34.25,28; Os 2.18; Mq 2.18; Mq 4.2,3; Zc 9.10).
B. Alegria. A plenitude da alegria será marca característica da era milenar (Is 9.3,4; 12.3-6; 14.7,8; 25.8,9; 30.29; 42.1,10-12; 52.9; 60.15; 61.7,10; 65.18,19; 66.10-14; Jr 30.18,19; 31.13,14; Sf 3.14-17; Zc 8.18,19; 10.6,7).
C. Santidade. O reino teocrático será um reino santo, no qual a santidade é manifesta por meio do Rei e de seus súditos. A terra será santa, a cidade será santa, o templo será santo e os súditos serão santos no Senhor (Is 1.26,27; 4.3,4; 29.18-23; 31.6,7; 35.8,9; 52.1; 60.21; 61.10; Jr 31.23; Ez 36.24-31; 37.23,24; 43.7-12; 45.1; Jl 3.21; Sf 3.11,13; Zc 8.3; 13.1,2; 14.20,21).
D. Glória. Será um reino glorioso, no qual a glória de Deus encontrará plena manifestação (Is 24.23; 4.2; 35.2; 40.5; 60.1-9).
E. Consolo. O Rei ministrará pessoalmente a todas as necessidades, a fim de que haja pleno consolo naquele dia (Is 12.1,2; 29.22,23; 30.26; 40.1,2; 49.13; 51.3; 61.3-7; 66.13,14; Jr 31.23-25; Sf 3.18-20; Zc 9.11,12; Ap 21.4).
F. Justiça. Haverá administração de justiça perfeita a cada indivíduo (Is 9.7; 11.5; 32.16; 42.1-4; 65.21-23; Jr 23.5; 31.23,29,30).
G. Pleno conhecimento. O ministério do Rei levará os súditos do reino ao pleno conhecimento. Sem dúvida haverá um ensinamento sem paralelo do Espírito Santo (Is 11.1,2,9; 41.19.20; 54.13; Hc 2.14).
H. Instrução. Esse conhecimento será dado pela instrução que emana do Rei(Is 2.2,3; 12.3-6; 25.9; 29.17-24; 30.20,21; 32.3,4; 49.10; 52.8; Jr 3.14,15; 23.1-4; Mq 4.2).
I. A retirada da maldição. A maldição original colocada sobre a criação (Gn 3.17-19) será eliminada, de modo que haverá produtividade abundante na terra. A criação animal será transformada, animais nocivos perderão o veneno e a ferocidade (Is 11.6-9; 35.9; 65.25).
J. A doença será eliminada. O ministério de curas do Rei será observado em toda a era, assim a doença e até mesmo a morte, esceto como medida de castigo de pecado público, serão eliminadas (Is 33.24; Jr 30.17; Ez 34.16).
L. Cura dos deformados. Acompanhando esse ministério haverá cura de toda a deformidade na instituição do milênio (Is 29.17-19; 35.3-6; 61.1,2; Jr 31.8; Mq 4.6,7; Sf 3.19).
M. Proteção. Haverá uma obra sobrenatural de preservação da vida na era milenar por intermédio do Rei (Is 41.8-14; 62.8,9; Jr 23.6; 32.27; Ez 34.27; Jl 3.16,17; Am 9.15; Zc 8.14,15; 9.8; 14.10,11).
N. Liberdade em relação à opressão. Não haverá opressão social, política nem religiosa naquele dia (Is 14.3-6; 42.6,7; 49.8,9; Zc 9.11,12).
O. Ausência de imaturidade. A idéia parece ser de que não haverá tragédias de corpos e mentes fracos e débeis naquele dia (Is 65.20). A longevidade será restaurada.
P. Reprodução dos povos vivos. Os santos que entrarem no milênio com seus corpos naturais terão filhos durante o período. A população da terra aumentará. Os nascidos no milênio ainda possuirão a natureza pecaminosa; logo, a salvação será necessária (Jr 30.20; 31.29; Ez 47.22; Zc 10.8).
Q. Trabalho. O período não será caracterizado por inatividade, mas haverá um sistema econômico perfeito, no qual as necessidades do homem serão abundantemente providas pelo seu trabalho naquele sistema, sob a direção do Rei. Haverá uma sociedade plenamente produtiva, suprindo as necessidades dos súditos do Rei (Is 62.8,9; 65.21-23; Jr 31.5; Ez 48.18,19). A agricultura bem como a manufatura proverão empregos.
R. Prosperidade econômica. A perfeita situação de trabalho trará uma economia abundante, de modo que não haverá falta ou necessidade (Is 4.1; 35.1,2; 30.23-25; 62.8,9; 65.21-23; Jr 31.5,12; Ez 34.26; Mq 4.1,4; Zc 8.11,12; 9.16,17; Ez 36.29,30; Jl 2.21-27; Am 9.13,14).
S. Aumento da luz. Haverá aumento da luz solar e lunar nessa era. O aumento de luz provavelmente será a causa do aumento da produção na terra (Is 4.5; 30.26; 60.19,20; Zc 2.5).
T. Língua unificada. As barreiras lingüísticas serão desfeitas, a fim de que haja livre comunicação social (Sf 3.9).
U. Adoração unificada. Todo o mundo se unirá na adoração a Deus e ao Messias (Is 45.23; 52.1,7-10; 66.17-23; Zc 13.2; 14.16; 8.23; 9.7; Sf 3.9; Ml 1.11; Ap 5.9-14).
V. A presença manifesta de Deus. A presença de Deus será plenamente reconhecida e a comunhão com Ele será experimentada em uma dimensão sem igual (Ez 37.27,28; Zc 2.2,10-13; Ap 21.3).
X. A plenitude do Espírito. A presença e a capacitação divina serão a experiÊncia de todos os que estiverem sujeitos à autoridade do Rei (Is 32.13-15; 41.1; 44.3; 59.19.21; 61.1; Ez 36.26-27; 37.14; 39.29; Jl 2.28,29; Ez 11.19,20).
Z. A perpetuidade do estado milenar. O que caracteriza a era milenar não é visto como temporário, mas eterno (Jl 3.20; Am 9.15; Ez 37.26-28; Is 51.6-8; 55.3,13; 56.5; 60.19,20; 61.8; Jr 32.40; Ez 16.60; 43.7-9; Dn 9.24; Os 2.19-23).
A grande diversidade dos domínios nos quais as bênçãos da presença do Rei são sentidas é, assim, claramente percebida.
O reino teocrático terreno, instituído pelo Senhor Jesus Cristo na segunda vinda, incluirá todos os salvos de Israel e também os gentios salvos, que estiverem vivos por ocasião de Seu retorno. As Escrituras deixam bem claro que todos os pecadores serão eliminados antes da instituição do reino (Is 1.19-31; 65.11-16; 66.15-18; Jr 25.27-33; 30.23,24; Ez 11.21; 20.33-44; Mq 5.9-15; Zc 13.9; Ml 3.2-6; 3.18; 4.3). O registro do julgamento das nações (Mt 25.35) revela que apenas os salvos entrarão no reino. A parábola do trigo e do joio (Mt 13.30,31) e a parábola da rede (Mt 13.49,50) mostram que apenas os salvos entrarão no reino. Daniel deixa claro que o reino é dado aos santos:
Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, de eternidade em eternidade.
[...] e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino.
O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão (Dn 7.18,22,27).
A nação de Israel experimentará uma conversão, que preparará o povo para encontrar o Messias e habitar no Seu reino milenar. Paulo demonstra que essa conversão é realizada na segunda vinda, pois escreve:
E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados (Rm 11.26,27).
Já que nenhum incrédulo entrará no milênio, o que aguarda a Israel é uma conversão que o preparará para o reino prometido. A segunda vinda testemunhará a conversão da nação, isto é, de toda a nação de Israel, a fim de que as alianças feitas sejam cumpridas na era do reinado do Messias.


γ – O Juízo Final
Haverá o juízo final para os mortos iníquos – aqueles que morrem sem aceitar a Salvação de Cristo. Serão ressuscitados e julgados de acordo com a maneira de vida que viveram. Qualquer cujo nome não for encontrado no Livro da Vida (a lista de pessoas que receberam o perdão de Cristo), será lançado na punição eterna no lago de fogo e enxofre, junto com o Diabo e seus anjos, a Besta e o Falso Profeta, que é a segunda morte (Mateus 25.46; Marcos 9.43-48; Apocalipse 19.20, 20.11-15, 21.8).

Importância desta doutrina:
Deus é Deus de amor. Mas Ele também é um Deus justo. Ele não permite que o pecado e a iniqüidade fiquem sem punição. Um falso ensino sugere que todas as pessoas, sejam justas ou ímpias, por fim serão salvas. Mas isso é contrário ao ensino claro da Palavra de Deus. Portanto, esta doutrina é importante porque lembra a todos os seres humanos que o salário do pecado é a morte (Romanos 6.23), que há o julgamento com punição eterna aguardando o Diabo, sua corte e todas as pessoas que não aceitarem a graciosa providência da Salvação de Deus.
A. A hora do julgamento. É claramente indicado que esse julgamento acontece após o fim do reino milenar de Cristo.
Os restantes dos mortos não viveram até que se completassem os mil anos.
Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras (Ap 20.5,12,13).
B. O local do julgamento. Esse julgamento não acontece nem no céu, nem na terra, mas em algum lugar entre as duas esferas.
Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles (Ap 20.11).
C. Os réus do julgamento. Fica evidente com base na própria passagem que esse é um julgamento dos chamados “os mortos”. O plano de ressurreição dos salvos completa-se antes de começar o milênio. Os únicos ainda não-ressurrectos eram os mortos incrédulos. Esses devem ser, então, os réus do julgamento.
D. A base do julgamento. Esse julgamento, ao contrário de uma concepção popular errada, não tem por finalidade apurar se aqueles que o enfrentam serão salvos ou não. Todos os que devem ser salvos já foram salvos e entraram no seu estado eterno. Os que serão abençoados eternamente já entraram na sua bênção. Esse é antes um julgamento das más obras dos incrédulos. A sentença de “segunda morte” é pronunciada contra eles.
Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros (Ap 20.12).
Como no julgamento dos gentios as obras demonstram fé ou falta de fé, da mesma forma as obras demonstram aqui a ausência de vida. O fato de que haverá níveis de julgamento distribuído a esses incrédulos é implicado em outra passagem (Lc 12.47,48). Mas a sentença da segunda morte será dada a todos. A primeira morte foi a morte espiritual sofrida em Adão. A segunda morte é a confirmação e realização eterna da separação de Deus que a primeira morte representava.
E. O resultado do julgamento. O resultado desse julgamento fica bem claro em Apocalipse 20.15: “E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. A eterna separação de Deus é o destino eterno dos incrédulos.


δ – Novos Céus e Nova Terra
“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pedro 3.13; Apocalipse 21; 22).

Importância desta doutrina:
Em nossas lutas e dificuldades diárias somos encorajados pela promessa do que Deus preparou para os seus seguidores fiéis. Jesus disse aos seus discípulos, e fez a promessa para todas as gerações de crentes, “... virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também” (João 14.2,3).
Após o Milênio, todos os crentes vão morar para sempre com Deus e terão acesso a um universo belo e restaurado. Esta doutrina nos deixa seguros de que nosso futuro reside num mundo muito melhor do que este.
Após a dissolução do céu e da terra atuais no fim do milênio, Deus criará um novo céu e uma nova terra (Is 65.17; 66.22; 2Pe 3.13; Ap 21.1). Por meio de um ato definido de criação, Deus faz surgir um novo céu e uma nova terra. Como Deus criou os céus e a terra atuais para serem o cenário da sua demonstração teocrática, assim também criará o novo céu e a nova terra para serem o cenário do reino teocrático eterno.
As alianças de Israel garantem ao povo uma terra, uma existência nacional, um reino, um Rei e bênçãos espirituais eternas. Logo, deve haver uma terra eterna, na qual as bênçãos possam ser cumpridas. Transladado da antiga terra, Israel será levado à nova, para ali desfrutar para sempre o que Deus lhes prometeu. Então será eternamente verdadeiro: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21.3). A criação do novo céu e da nova terra é o ato preparatório final que antecipa o reino eterno de Deus. Agora é verdade que Deus tem um reino no qual “habita justiça” (2Pe 3.13).
Com relação ao destino eterno dos santos da igreja, devemos observar que está relacionado principalmente a uma Pessoa e não a um lugar. Embora o lugar apareça com importância (Jô 14.3), é encoberto pela Pessoa a cuja presença o crente é transportado: Cl 3.4; 1Ts 4.16,17; 1Jo 3.2.
O que se realça em todas as passagens que tratam da esperança gloriosa da igreja é a Pessoa, não o lugar, a que ela é levada.
Já se demonstrou a partir de passagens como Apocalipse 21.3 que o Senhor Jesus Cristo habitará com os homens na nova terra no reino eterno. Já que as Escrituras revelam que a igreja estará com Cristo, conclui-se que a morada eterna da igreja também será na nova terra, na cidade celestial, Nova Jerusalém, preparada especialmente por Deus para os santos. Tal relacionamento seria a resposta da oração do Senhor aos que Deus lhes concedeu: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste” (Jo 17.24). Já que a glória eterna de Cristo será manifestada no reino eterno, no Seu governo eterno, é natural que a igreja esteja presente para contemplar a glorificação de Cristo para sempre.




Conclusão




Com este trabalho de final de semestre e de fechamento de matérias, temos acrescentado com muito nossos conhecimentos bíblicos acerca dos fundamentos doutrinários da Igreja Assembléia de Deus – Missão, e aprendido mais sobre os maravilhosos planos que Deus tem preparado para a sua igreja e todos os santos juntamente com o povo da sua eleição: Israel.
É com muita alegria que entregamos este conjunto de pesquisas sobre os pontos mencionados no desenvolvimento deste trabalho, e ficamos esperando a justa e imparcial avaliação do nosso professor, sabendo que ficamos com a satisfação do dever cumprido.




Bibliografia

Bíblia Sagrada, Versão Almeida Revista e Atualizada, publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil.

BICKET, Zenas, Doutrinas Básicas das Assembléias de Deus, Edição Brasileira, Rio de Janeiro, CPAD.

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COHEN, Armando Chaves, A Segunda Vinda de Cristo, Rio de Janeiro, CPAD, 1981.

GILBERTO, Antonio, Daniel e o Apocalipse, o Panorama do Futuro, 2ª Edição, Campinas – São Paulo.

PENTECOST, J. Dwight, Th.D., Manual de Escatologia – Uma análise detalhada dos eventos futuros, São Paulo, 2ª Impressão, Editora Vida, 1999.

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THOMPSON, Frank Charles, D.D., Ph.D. Biíblia de Referência Thompson, São Paulo, 13ª Impressão, Editora Vida, 2000.

TOGNINI, Enéas, O Arrebatamento da Igreja, São Paulo, 2ª Edição, Edições Enéas Tognini, 1981

Lições Bíblicas – Campeões da Fé, O que diz a Bíblia sobre o futuro, Rio de Janeiro, CPAD, 4° Trimestre, 1996.

Lições Bíblicas, Escatologia, O estudo das últimas coisas, Rio de Janeiro, CPAD, 3° Trimestre, 1998.

Lições Bíblicas – Juvenis, Estudo panorâmico de Apocalipse, Rio de Janeiro, CPAD.

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